Gostaria de compartilhar um poema que aprendi no meu livro de Português quando cursava a 5ª série primária em 1979 em Ferraz de Vasconcelos, São Paulo. É um belíssimo poema de autoria de Olegário Mariano, que expressa de forma muito apropriada a ideia do amor e da saudade. Dedico esse poema a todos que amam, que já amaram ou que sentem saudades de alguém especial.
AS DUAS SOMBRAS
Na encruzilhada silenciosa do Destino,
Quando as estrelas se multiplicavam,
Duas sombras errantes se encontraram.
A primeira falou: — “Eu nasci de um beijo
De luz; sou força, vida, alma, esplendor.
Trago em mim toda a glória do Desejo,
Toda a ânsia do Universo... Eu sou o Amor.
O mundo sinto exânime aos meus pés...
Sou delírio... Loucura... E tu, quem és?”
— “Eu nasci de uma lágrima.
Sou flama do teu incêndio que devora...
Vivo dos olhos tristes de quem ama,
Para os olhos nevoentos de quem chora.
Dizem que ao mundo vim para ser boa,
Para dar do meu sangue a quem me queira.
Sou a Saudade, a tua companheira
Que punge, que consola e que perdoa...”
Na encruzilhada silenciosa do Destino,
As duas sombras comovidas se abraçaram
E de então, nunca mais se separaram.
Quando as estrelas se multiplicavam,
Duas sombras errantes se encontraram.
A primeira falou: — “Eu nasci de um beijo
De luz; sou força, vida, alma, esplendor.
Trago em mim toda a glória do Desejo,
Toda a ânsia do Universo... Eu sou o Amor.
O mundo sinto exânime aos meus pés...
Sou delírio... Loucura... E tu, quem és?”
— “Eu nasci de uma lágrima.
Sou flama do teu incêndio que devora...
Vivo dos olhos tristes de quem ama,
Para os olhos nevoentos de quem chora.
Dizem que ao mundo vim para ser boa,
Para dar do meu sangue a quem me queira.
Sou a Saudade, a tua companheira
Que punge, que consola e que perdoa...”
Na encruzilhada silenciosa do Destino,
As duas sombras comovidas se abraçaram
E de então, nunca mais se separaram.
Olegário Mariano
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